[RP Fechada] One day of hunting, another day of the hunter.

Até aquele momento Miya não fazia ideia do porque estava em Nova Orleans. Sentia um ímpeto imenso de estar ali, mesmo que os seus sentidos de bruxa dissesse que aquilo era estranho até mesmo para uma sobrenatural. Todavia, ela nunca havia ignorando o seu sexto sentido e se diziam que havia algo naquela cidade para ela, então deveria em algum lugar ter algo que valesse realmente a pena aturar o francês americanizado.

— Eu vou sair pela cidade. – Avisou assim que chegou na recepção. — Gostaria de deixar as chaves e se alguém ligar para o meu quarto poderia, por favor, anotar o recado? Obrigada. – Sorriu de forma amistosa e deu alguns passos para trás. Se realmente fosse firmar residência temporária naquela cidade, deveria ao menos procurar um apartamento para aluguel.

Assim que colocou os pés para fora do hotel, automaticamente sentiu saudades de Mystic Falls. A sua cidade natal poderia ser estranha, com fatos não explicados, mas pelo menos era silenciosa. Seus olhos logo foram de encontro a uma mesa colocadas na entrada do hotel, onde quem não estava hospedado tinha a chance de provar a culinária do lugar. E, como não havia ainda se alimentado decentemente, resolveu que ali seria a sua primeira parada antes de transitar sem rumo por uma Nova Orleans onde a cada esquina poderia se encontrar uma bruxa.

Será que era o feitiço na cidade, os prédios enigmáticos que a mantinha ali?

Sentou em uma mesa distante, retirando o óculo escuro e jogando de qualquer jeito dentro da bolsa. Ergueu o dedo educadamente e exigiu um cardápio que não tardou a chegar. Folheando, percebeu que as comidas americanas geralmente eram as mesmas em todos os lugares, exceto que ali se parecia com uma cópia barata de Paris, com pratos que imitava a culinária da cidade do amor.

— Eu vou querer um café, por favor. – Olhou um pouco mais. — E uma porção de beignets. – Repousou o cardápio na mesa e logo surgiu a sensação estranha de estar sendo observada. Disfarçadamente tentou buscar a fonte, mas todos ao seu redor pareciam ocupados com as suas tarefas.

Uma senhora passou por ela passeando com um cão e quando os olhos de ambas se chocaram, veio a sensação que a outra era uma bruxa. Um breve cumprimento de cabeça apenas serviu para a educação. Ela se sentia nua ali sendo observada, afinal quem a via de longe poderia saber ou desconfiar da sua linhagem antiga e mesclada. Bruxas que mostravam um sangue antigo e talento para artes infindáveis não duravam muito. Inveja e cobiça não era apenas algo particular aos humanos comuns.

— Obrigada. – Agradeceu ao receber o seu pedido. Despejou um pouco de adoçante no café e remexeu com a colher.