where is it?

A casa era silenciosa demais, chegava a ensurdecer. Meus dedos folheavam as milhares de páginas do antigo grimório e nada, nenhuma descrição sobre o feitiço que prendia o meu irmão mais novo, nenhuma forma de quebrar a maldita maldição posta nele. Só de pensar em Adam meu coração se partia, imaginá-lo com fome, no escuro e fraco, vulnerável a tanto tempo, aquilo era crueldade de mais feita pelas bruxas do nosso antigo coven. Ajeitei-me na poltrona, tentando manter-me confortável enquanto meu olhos procuravam qualquer palavra-chave a respeito do feitiço que o prendeu. Meus olhos ardiam, tentava nem ao menos piscar para não perder nada, nenhuma palavra se quer. Levantei-me de súbito, jogando o velho livro sobre a poltrona que antes estava sentada. — Inferno! — gritei, frustrada comigo mesma, em tanto tempo viva não conseguia compreender como não achava nenhuma maneira de livrar Adam do cativeiro.

Agora o som dos meus saltos no assoalho eram ouvidos claramente devido ao eco, o barulho parecia com o tic-tac de um relógio, é, estávamos ficando sem tempo e tudo se complicará mais desde que Pandora voltou para minha vida, certamente meus nervos estavam à flor da pele, céus, eu necessitava de sangue fresco, uma caçada sanguinolenta me ajudaria a extravasar. Caminhei a passos curtos, chegando até o frigobar, servindo uma dose de uísque e o ingerindo rapidamente, mordi meu lábio inferior, eu realmente estava frustrada comigo mesma e o instinto da minha própria maldição aumentava tudo em 1000x.

Ouvi os passos pesados de Tristan, ele com certeza não estava diferente de mim. —  Me conte, amado irmão — virei-me totalmente para ele, que estava parado sob o ultimo degrau da escada. —  Onde tudo isso ficou tão complicado de lidar?—  questionei, servindo-lhe a mesma bebida, indo até ele e à entregando — Minha filha está próxima, e até o momento, Adam continua preso.— lamentei-me. Talvez meu irmão finalmente me ajuda-se a ter alguma ideia, uma luz naquele túnel em que me encontrava.