[RP - FECHADA] Every day a different problem

Passei anos de minha vida caçando, matando, bebendo e principalmente viajando até decidir me estabelecer em Salém depois de alguns séculos. Na última vez que estive de fato presente nesta cidade eu estava ao lado de um rapaz que despertou meu interesse e assim tive uma grande proeza de fazer meu primeiro amigo após tempos de reclusão da vida social. O nome dele também não é muito importante já que está morto, afinal era mil oitocentos e dezessete.  

Ironicamente descubro que a única lembrança que resta daquele valoroso passado era apenas uma mera garota, cujo nome é Emma. Dias estabelecidos na cidade e não me demorei para tomar a iniciativa de planejar o primeiro encontro com a mesma, exceto por causo de um mero problema desta com sua curiosidade em sua chama de vingança. Mas muito bem! Talvez eu poderia ajudá-la caso ela demonstre despertar meu interesse.  No entanto devo admitir que suas habilidades eram estupendas para uma jovem.  

Minha carta direcionada ao endereço da residência dela revelou apenas onde ela deveria ir e não quem enviou. Eu queria despertar sua curiosidade e portanto ver até onde ela iria quando mencionei que iria me dispor em ajudar no caso desta vir até minha casa. "Saudações, minha querida. Venho por meio desta casa convidá-la para tomar um "chá" em homenagem a uma provável futura aliança entre nós, sim, estive lhe observando e estou disposto a colaborar em sua empreitada… mas só se me convencer. E por favor, queime-a depois de ler. Conversaremos mais pessoalmente." Escrevi tentando passar a idéia de um rapaz inglês que tem uma mania chata de parecer formal.

Sentei-me na minha cadeira decorada com detalhes de modernidade e para esta ocasião vestia-me com roupas do século atual para parecer mais atualizado. Assim que ouvisse a campanhia iria de imediato com minha velocidade sobre-humana abrir a porta para minha convidada. Daria uma boa olhada nela, especificamente aos olhos, para passar um mar de incertezas do que poderia sair daquela conversa entre mim e ela. -É um prazer conhecê-la pessoalmente, Srta. Chateaubriand. Evidentemente nada saberá de mim além do importante, mas posso assegurar que meu interesse por você é verídico. Dou minha palavra de anfitrião que valerá seu tempo.- Esperei ela entrar e fechei a porta para levá-la comigo ao grande salão que ainda estava sendo decorado por mim. -Peço que ignore a bagunça, eu acabei de chegar e ainda estou perdido com a modernidade deste século.- Revelei meu desastre quando o assunto era manter-me organizado. Puxei uma cadeira tentando transparecer meu lado cavalheiro e sentei-me em sua frente para começar.  

-Antes de mais nada, o meu nome é Richard Windsor. O que eu sou é um pouco mais complicado, mas sou uma mistura de espécie entre vampiro e bruxo… longa história deixada para outra oportunidade.- Não iria revelar toda minha história. E na minha experiência a melhor forma de chegar a confiança de uma garota era sabendo explorar sua curiosidade. -Seria mais coeso deixá-la fazer as perguntas por hoje. No entanto adianto que sei muito mais sobre você do que qualquer outro.- Deu um sorriso para ela, charmoso, mas também perigoso. Feito isso levaria minha taça de sangue humano a minha boca.

 

 
Os olhares logo tomaram conta da maior parte da primeira ação de forma analítica, tentando estudá-la de modo que desvendar seus pensamentos não fossem obstáculo para ele. Era intrigante, sim, mas o máximo que poderia fazer eram deduções baseadas nas respostas e ações dela. Estranhamente a mente dela mais parecia como um vácuo, no qual nem mesmo ele poderia penetrar. Claro que ficou um pouco incomodado para início das coisas, mas o essencial ele já sabia ao menos. -Pode me chamar assim, mas o termo correto é Herege.- Corrigiu ela como forma de fazer uma pequena provocação na ruiva, afinal irritá-la seria uma forma de testar como ela agiria em uma situação de intensa pressão. -Mas evidentemente está certa, há outro motivo de você estar aqui.- Confirmou as suspeitas óbvias da mesma. Ele demorou muito tempo para chamá-la porque não sabia bem se esta era a pessoa realmente certa para ajudá-lo com algumas tarefas pela cidade, contudo o sangue dela era inquestionável como uma legítima Chateaubriand. -É uma lástima ver que sua família chegou a beira da extinção. Lembro-me da época de ouro dos seus antepassados e acredite quando digo que partilho do mesmo sentimento de pesar devido sua perda… provavelmente não tão intenso quanto o seu, mas ainda sim o tenho.- Lamentou, porém por saber que não teria mais a oportunidade de no momento conhecer uma nova geração poderosa como igual ao século dezenove.  

Deixou para lá suas meras lamentações vazias e sorriu logo depois de expressar um falso pesar pela memória dos consanguíneos dela. Ela certamente estava longe de ser a bruxa mais poderosa da cidade, no entanto com um pouco de treino e esforço definitivamente alcançaria sua glória. - De modo que, como um amigo distante da sua família, estou disposto a partilhar de todo meu vasto conhecimento sobre a área da magia em troca de sua ajuda para algo. Porém, só apenas na hora certa saberá exatamente o que desejo, não antes.- Ele não dava muita importância para exatamente seus objetivos no momento e como um ótimo tutor focaria em ajudar sua nova conhecida a desvendar os campos da magia e recuperar a glória da sua família. -Eu também posso ser um aliado útil para suas tramoias.- Declarou ao oferecer uma ajuda nessa parte também. Embora que não soubesse de todos os detalhes ele sabia que a moça estava planejando algo contra os Originais. -E também digamos que estou interessado em seu sangue… senti o cheiro dele em um oportuno momento e não mais consigo tirá-lo da minha mente.- Expressou um enorme interesse em seus olhares quando disse aquilo. Quando conseguiu entender o sorriso diabólico dela sabia exatamente que a mente dela era exatamente como a dele. -Demorei tanto tempo para achar alguém parecido comigo que não posso conter minha curiosidade em morder esse belo pescoço… Temos um trato?- E de fato ele tinha razão, o sangue de ruivas era o melhor, mas este em especial tinha algo a mais.